Gestão de Ativos Offshore: Principais Perguntas e Respostas do Podcast Ondas de Energia

A gestão de ativos offshore está no centro das discussões do setor de óleo e gás, especialmente diante do novo ciclo de expansão e da busca por excelência operacional.

Ricardo Moreira, executivo de operações da Infotec Brasil, participou do podcast Ondas de Energia durante a FPSO Expo no Rio de Janeiro, trazendo insights valiosos sobre os desafios e estratégias para o futuro das FPSOs no Brasil.

Matheus Rangel e Ricardo Moreira na gravação do poscast Ondas de Energia

A seguir, reunimos os temas mais relevantes que foram debatidos no episódio. O conteúdo explora desde o uso de tecnologia e estratégias de manutenção até a importância da cultura organizacional e da tomada de decisão baseada em dados, trazendo uma visão prática sobre os desafios e oportunidades na gestão de ativos offshore.

Confira abaixo trechos relevantes dessa conversa e as principais perguntas e respostas que foram destaque:



Contexto do Mercado e Desafios Atuais

Como está o momento da indústria de óleo e gás no Brasil, especialmente após a OTC Houston?

O setor vive um novo ciclo de expansão, impulsionado pela Margem Equatorial e pelo reposicionamento estratégico do Brasil no cenário global. Isso exige operações mais complexas e excelência na gestão de ativos, tornando a competitividade ainda mais forte.

A abertura do mercado mudou a lógica da gestão de ativos?

Sim, com certeza. O ambiente competitivo demanda decisões mais técnicas e menos reativas. A gestão de ativos deixou de ser apenas operacional e passou a ser estratégica, pois garante retorno financeiro e continuidade das operações.

Quais os riscos de negligenciar a gestão de ativos offshore?

Os principais riscos são: aumento de acidentes, perda de produtividade, custos elevados com paradas não programadas e falhas silenciosas como a corrosão, que podem comprometer todo o sistema se não forem identificadas a tempo.

Estratégias para Maximizar a Vida Útil dos Ativos

O que significa estender a vida útil de um ativo offshore?

É garantir a integridade, o desempenho e a segurança do ativo além do previsto, utilizando dados, manutenção preditiva e modernização contínua.

Quais são os pilares de uma política de manutenção eficiente?

  • Planejamento detalhado
  • Monitoramento contínuo
  • Controle documental rigoroso
  • Capacitação constante da equipe
  • Uso de tecnologia, como sensores e softwares de inspeção estruturada

Como a tecnologia tem apoiado a gestão de ativos?

Ferramentas tecnológicas permitem identificar corrosão e falhas estruturais com precisão. Soluções baseadas em inteligência artificial cruzam dados históricos em tempo real, antecipando riscos e otimizando as intervenções de manutenção.

Investimentos e Desinvestimentos Inteligentes

Quais critérios usar para investir ou desinvestir em ativos offshore?

A decisão deve ser guiada por análise de ciclo de vida, comparação entre custos de manutenção e substituição, avaliação de riscos e potencial de produtividade. O dado técnico deve sempre orientar o processo decisório.

Como extrair valor antes de descontinuar um ativo?

Por meio de reabilitação seletiva, retrofit tecnológico e transferência de componentes ainda úteis. Muitas vezes, falta visibilidade sobre o real estado do ativo para tomar decisões mais assertivas.

Qual o erro mais comum na gestão de ativos?

Adiar decisões críticas. Ativos degradam silenciosamente, principalmente por corrosão. Sem dados atualizados, as decisões chegam tarde demais, aumentando riscos e custos.

Pessoas, Processos e Cultura

Qual o papel das equipes de operação e manutenção?

São fundamentais: representam os olhos e as mãos do processo. Sem o engajamento da equipe, nenhuma estratégia se sustenta. O envolvimento cresce com capacitação, ferramentas adequadas e participação ativa nas decisões.

É possível criar uma cultura de cuidado com ativos?

Sim, mas exige consistência. Cultura se constrói com rotina, indicadores claros e reconhecimento. A liderança deve ser o motor desse movimento.

Qual conselho para quem lidera a transformação na gestão de ativos offshore?

Comece pelos dados. Tenha clareza do que acontece no campo, invista em tecnologia de inspeção e envolva as pessoas no processo decisório. Gestão de ativos é, acima de tudo, visão de longo prazo.

Conclusão

A gestão estratégica de ativos offshore é essencial para garantir segurança, produtividade e retorno financeiro em um mercado cada vez mais competitivo. O uso de tecnologia, o engajamento das equipes e a tomada de decisão baseada em dados são os pilares para o sucesso das operações com FPSOs no Brasil.

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